O Município de Espinho assinou no dia 8 de Novembro, com o Instituto Confúcio da Universidade de Aveiro um protocolo para introdução de aulas de Mandarim no 1º Ciclo do Ensino Básico, preparando assim as futuras gerações para “a nova ordem mundial”.
O idioma começará a ser lecionado apenas no ano letivo 2017/2018 e segue o modelo já introduzido nas escolas de S. João da Madeira, outro município do distrito de Aveiro onde as respetivas aulas têm caráter opcional para alunos a partir do 3º ano de escolaridade.
“A República Popular da China é hoje uma potência mundial com quem temos relações históricas seculares e que, por sua vez, também tem relações comerciais fortíssimas por todo o mundo, em particular com Portugal e com os países de expressão portuguesas em África”, declarou à Lusa o presidente da Câmara Municipal de Espinho, Joaquim Pinto Moreira.
“Existindo cada vez mais investimento chinês em território nacional e noutros mercados com os quais nos relacionámos, entendemos que devíamos preparar as próximas gerações para esta nova ordem mundial, dotando os nossos futuros gestores e profissionais de habilitações que, nesta área, lhes poderão vir a ser de extrema utilidade”, explicou.
O memorando, que é assinado após uma visita às turmas de Mandarim de S. João da Madeira, envolve a Câmara Municipal de Espinho, os agrupamentos de escolas do concelho, o Instituto Confúcio (que na Universidade de Aveiro tutela o ensino do Mandarim) e ainda a Universidade de Línguas Estrangeiras de Dalian, na China, que vai disponibilizar orientação relativa aos programas a ministrar em Portugal.
As aulas, por sua vez, serão sempre lecionadas por professores nativos.
“Nesta fase, vamos ver como corre o projeto-piloto no terceiro ano de escolaridade. Depois, se a adesão o justificar, o protocolo prevê o respetivo prolongamento das aulas pelos graus de ensino posteriores”, referiu Pinto Moreira.
A Câmara ainda não apurou qual será o custo do projeto, mas, segundo o autarca, o orçamento municipal “comportará com tranquilidade essa despesa, que é claramente um investimento na educação das crianças de Espinho”.
CME