A Arte Xávega, prática tradicional de pesca do concelho de Espinho, foi oficialmente inscrita no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, em regime de “salvaguarda urgente”, conforme publicação em Diário da República, esta semana.
Este reconhecimento nacional é o culminar de um processo iniciado pelo Município de Espinho em 2022, e representa um importante passo na preservação de uma prática ancestral que constitui um traço distintivo da identidade local e da memória coletiva da comunidade piscatória espinhense.
Para a Presidente da Câmara Municipal de Espinho, Maria Manuel Cruz, esta classificação “é uma conquista histórica que reforça a nossa identidade e o nosso património cultural. A Arte-Xávega é, sem dúvida, um dos símbolos maiores da nossa tradição e da nossa história. Não representa apenas uma técnica de pesca, mas é também um reflexo profundo da nossa identidade coletiva, da nossa ligação com o mar e da força de uma comunidade unida em torno da preservação dos seus valores e da sua cultura”.
O regime de salvaguarda urgente reconhece a necessidade imediata de implementar medidas que garantam a continuidade da Arte Xávega. Nesse sentido, o Município de Espinho tem vindo a desenvolver um conjunto de ações junto da comunidade piscatória local, nomeadamente:
– Projetos de requalificação da lota,
– Apoio à instrução de candidaturas a financiamentos,
– Criação de um centro interpretativo sobre a prática pesqueira tradicional,
– Ações de capacitação e valorização da atividade.
A Presidente da Câmara acrescenta ainda: “Com a inscrição no Inventário Nacional, é finalmente reconhecida a urgência de implementar medidas de proteção, valorização e sustentabilidade, que garantam a preservação e a viabilidade desta prática tão importante para todos nós.”