No passado sábado, 12 de abril, o Centro Multimeios de Espinho acolheu a sessão de apresentação do 14.º volume da coleção “Cadernos de Espinho”, inteiramente dedicado à história da imprensa local. A iniciativa reuniu os autores da obra, representantes das entidades patrocinadoras e uma plateia numerosa, que esgotou a Sala Polivalente.
Este volume — intitulado “Os Jornais da Nossa Terra” — assinala o encerramento do ciclo previsto para esta coleção editorial, que, ao longo dos últimos seis anos, retratou diferentes facetas da identidade e da memória coletiva do concelho. Da arte xávega ao cinema, da praia de banhos ao desporto, das festas populares à criação do próprio concelho, os Cadernos de Espinho construíram um retrato singular e acessível da história local.
Na cerimónia, a Presidente da Câmara Municipal de Espinho, Maria Manuel Cruz, felicitou a equipa responsável pela coleção — composta por Armando Bouçon (historiador), Pedro Pinheiro (designer), Luís Costa e Mário Augusto (jornalistas), e Marco Marques (paginador) — e destacou o contributo essencial deste projeto para a valorização do património cultural e histórico do concelho. Lançou ainda o repto aos autores para que considerem a produção de um novo volume, numa possível extensão da coleção, perante a relevância e o impacto que esta tem vindo a assumir na comunidade espinhense.
Este último volume mergulha no universo da imprensa de Espinho desde 1901, destacando o papel pioneiro da Gazeta de Espinho, o surgimento de jornais como O Defensor de Espinho e o percurso das publicações mais perenes como a Defesa de Espinho e a Maré Viva. Como sublinha Joaquim Fidalgo no prefácio, esta é uma história “cheia de outras pequenas histórias, de ambições e rivalidades, de vitórias e insucessos”, mas também um testemunho do papel essencial da imprensa local na formação de gerações de jornalistas e no fortalecimento da cidadania.
O apoio à edição coube ao Município de Espinho, à Solverde e à Cavalinho, parceiros que tornaram possível a continuidade de um projeto editorial de referência e de profundo valor educativo e patrimonial.