A Câmara Municipal de Espinho e a Associação Mulher Migrante (AMM) assinaram um protocolo na última terça-feira, 2 de maio, para cedência de instalações para a sua residência em Espinho.
A nova residência da AMM ficará no Fórum de Arte e Cultura de Espinho, o que permitirá à associação transferir todo o seu acervo de Lisboa (Alcântra) para Espinho, já que a maioria da sua direção é natural ou reside em Espinho.
A AMM foi fundada em outubro de 1993 e se dedica ao estudo das questões das mulheres migrantes, à cooperação com mulheres profissionais e líderes de associações portuguesas no exterior e de imigrantes em Portugal, e ao apoio à integração das mulheres nas sociedades que as recebem, através da sua participação ativa.
A AMM tem-se destacado como um fórum interassociativo de reflexão e debate, a que nunca faltou o enquadramento científico e vontade de combate no terreno. Com esse perfil revelou virtualidades logo num primeiro empreendimento, o congresso mundial de 1995, que trouxe a Espinho, para uma semana de trabalho sobre temáticas de género e geração, cerca de 400 participantes, mulheres líderes de comunidades dos cinco continentes, políticos, jornalistas, funcionários da administração pública e grandes nomes da comunidade académica.
Nos últimos anos, a Associação “Mulher Migrante” vem reconhecendo, em conferências e publicações, personalidades que são fonte de inspiração, por terem demonstrado a sua qualidade humana e o seu direito à igualdade, muito antes das convenções e das leis da República o reconhecerem, como Maria Archer, Maria Lamas, Maria Barroso, Ruth Escobar, Natália Correia, entre outras figuras nacionais e das próprias comunidades.
Na assinatura do protocolo esteve presente a Presidente da Câmara Municipal de Espinho, Maria Manuel Cruz, e a vereadora da Câmara, Leonor Lêdo da Fonseca, bem como elementos da direção da AMM, Graça Guedes (Presidente), Manuela Barros (Tesoureira) e Manuela Aguiar (Sócia Fundadora).