Presidente da Câmara de Espinho estranha e lamenta a não recondução da Administração do Centro Hospitalar Gaia Espinho
Pinto Moreira lamenta que o Hospital, com reconhecida qualidade de gestão e serviços clínicos de excelência, esteja a ser instrumentalizado politicamente.
“ É com grande regozijo que vejo o lançamento da obra da Nova Urgência do CHVNG/E de extrema importância para a população a Sul do Douro e, em particular, para a população de Espinho. Trata-se de mais um passo na reabilitação de um hospital que foi sendo adiado ao longo dos anos e desqualificado até à entrada do atual Conselho de Administração liderado pelo Prof. Silvério Cordeiro.
Não obstante, não posso deixar de lamentar a demora do governo na publicação da Portaria Conjunta de autorização da obra da Nova Urgência, algo que ainda não ocorreu. Passaram-se 8 meses desde a aprovação da operação no Norte 2020 e ainda se aguarda um despacho conjunto. O atraso é tão grande que o próprio Conselho de Administração se viu obrigado a lançar um concurso com adjudicação condicionada por forma a não perder os fundos comunitários.
Esta demora é um paradoxo ainda maior quando, por um lado este Governo defende a crescente participação dos Municípios na gestão dos serviços de saúde e, por outro lado, atrasa a concretização de uma obra considerada prioritária pela Área Metropolitana do Porto. Tal atraso é desumano para com a população e para com os profissionais que trabalham na urgência em condições de grande pressão e desgaste.
Atendendo aos rumores de que o Governo pretende alterar o Conselho de Administração e, em particular, não reconduzir o seu Presidente, quero acreditar que estes rumores são infundados e que esta demora não faz parte de uma estratégia político-partidária.
Se tal vier a confirmar-se, tal parece-me um absurdo pelo facto de o Presidente ser um gestor profissional e politicamente independente, com provas dadas e resultados, tendo empreendido uma estratégica de reabilitação do Centro Hospitalar que devolveu a autoestima a um hospital maltratado. Na sua gestão conseguiu a maior produção clínica de sempre e com excelência reconhecida a nível nacional, mas sobretudo, recentrou a sua estratégia no serviço à população.
O reconhecimento deste excelente trabalho é partilhado pelos Diretores de Serviço e respetivas equipas bem como pela comunidade hospitalar.
Espero que não estejamos a viver um efeito do centralismo à moda do Porto, não querendo acreditar que a afirmação do CHVNG/E possa estar a incomodar o status quo e que seja este incómodo que esteja na base de uma eventual não recondução do seu Presidente, que espero não se verifique para bem da população que servimos a Sul do Douro (cerca de 700 mil pessoas).”
Foto Gilberto Matos