Em plena pandemia sanitária, que, para já, se manifestou em duas vagas intensas no nosso país, a gestão das diferentes associações responsáveis pela organização de competições desportivas no âmbito da recriação e lazer em Aveiro tem sido feita caso a caso. Se a Associação de Futebol Popular do Município de Ovar (AFPMO) e a Liga Census decidiram arriscar iniciar a atual temporada ainda em 2020, tendo posteriormente sido obrigadas a suspender a atividade devido à Covid-19, a Associação de Futebol Popular do Concelho de Espinho (AFPCE) e a Fundação Inatel optaram por esperar pelo início do próximo ano para arrancarem com as respetivas competições. Apesar de os dirigentes acreditarem que será possível concluir a época, há planos de contenção preparados para a eventualidade de tal não se poder concretizar dentro da normalidade, e uma preocupação comum: o mais importante será preservar a saúde de todos os intervenientes.
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Pela AFPCE e pela Fundação Inatel, que atiraram para o início de 2021 o arranque dos seus campeonatos. “O tempo deu-nos razão. Todos os clubes tiveram uma decisão muito madura”, sublinha Tiago Paiva, responsável pelo futebol popular de Espinho, que fala numa deliberação “devidamente ponderada e estruturada” que obrigou a uma reformulação dos campeonatos. Eles “serão feitos a uma volta, com fator casa aleatório e subidas e descidas de divisão”, enquanto “as eliminatórias da Taça serão disputadas na totalidade”.
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Prioridade a uma retoma segura
Com as competições paradas até ao final do ano, a prioridade passa por reunir as condições de segurança necessárias para uma retoma segura para todos os intervenientes. Em Espinho, trabalha-se, em parceria com a Câmara Municipal e as Juntas de Freguesia, no melhoramento das condições dos complexos desportivos “para se poder cumprir com os requisitos impostos pela DGS e pelo Governo”, salienta Tiago Paiva. “Iremos salvaguardar ao máximo a saúde das pessoas, com regras nos treinos, nos jogos, nos balneários e na passagem de pessoas nos complexos desportivos, onde teremos um responsável por medir a temperatura das pessoas, para que o risco de contágio seja o mínimo possível”, acrescenta o dirigente.
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Em Espinho, e com as competições devidamente reformuladas, a única questão pendente prende-se com a data em que se irá dar o pontapé de saída na nova temporada. “Vamos fazer uma avaliação no início de janeiro com os associados. Eles é que vão decidir se vamos iniciar a época”, garante Tiago Paiva. Caso seja dada luz verde, o campeonato tem o seu início agendado para o mês de fevereiro.
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