O Comando Operacional dos Bombeiros Voluntários do Concelho de Espinho, tomou no sábado posse, no quartel Alfa (casa mãe dos Bombeiros Voluntário de Espinho). Pedro Louro passa a ser o número 1 e António Proença é o número 2. Os Bombeiros Voluntários do Concelho de Espinho (BVCE) começaram em pleno funcionamento a 1 de dezembro, dispondo de um total de 142 operacionais e 31 viaturas. No que concerne aos carros, dois estão já em processo de venda e o mesmo deverá acontecer com outros quatro até final de 2017, com vista a garantir a liquidez que permita à corporação substituir os seus veículos mais antigos e reduzir o parque automóvel a um total de 25 veículos.
Por questões de espaço, a distribuição de homens e máquinas continuará a fazer-se pelos dois quartéis das corporações entretanto extintas, agora designadas como companhias Alfa e Bravo. Porém, esta situação sofrerá alterações depois de aceite a candidatura a fundos europeus com vista à construção de um novo quartel na zona de Silvalde.
O Presidente da Câmara Municipal de Espinho qualificou este dia como um dia histórico para os bombeiros portugueses pelo exemplo dado pelos bombeiros espinhenses.
Pinto Moreira destacou as vantagens desta fusão e deixou um elogio ao antigo Ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, que desde a primeira hora se empenhou e ajudou a concluir este longo e complexo processo.
O autarca Espinhense deixou a promessa que o novo quartel irá ser construído com financiamento do próximo quadro comunitário e espera que a nova ministra da Administração Interna acolha a proposta de um financiamento reforçado correspondente a dois corpos de bombeiros que se fundiram.
“Este é o primeiro caso em Portugal e não sei quando se verificará o próximo, porque foi um trabalho muito complicado e houve que gerir muitas sensibilidades”, realçou o Comandante Pedro Louro.
“Mas a prova de que é possível está à vista e as vantagens para bombeiros e população são evidentes, já que reunir numa só entidade recurso humanos e materiais permite-nos economia de escala, redução de custos, ganhos operacionais e, no geral, a prestação de um serviço muito melhor”, acrescenta. “Espinho só foi o primeiro caso; há muitos outros municípios onde se devia fazer o mesmo”.
Texto: Nuno Oliveira
Reportagem: Paulo Duarte
Imagem/Edição Filipe Couto