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Sábado, Maio 4, 2024
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Exposição Viacrucis no Museu Municipal

Mostra retrospetiva de Jaime Silva foi inaugurada no passado sábado e ficará em exposição nas galerias do Museu Municipal até 2 março.

A exposição ‘Viacrucis – A Pintura como Interrogação’, de Jaime Silva, foi inaugurada no passado sábado (19 jan), no Museu Municipal. Trata-se de uma mostra com curadoria de Helena Mendes Pereira, apresentada no Museu Municipal numa parceria com a Fundação Bienal de Arte de Cerveira.
Trata-se de uma mostra retrospetiva que parte de 80 pinturas e desenhos do autor, cuja inauguração contou com a presença da vereadora Lurdes Ganicho, em representação da Câmara Municipal de Espinho.
A exposição inclui uma seleção de obras que abarcam praticamente todos os anos da produção individual do autor.
O magnífico espaço das Galerias Amadeo de Souza-Cardoso do Museu Municipal de Espinho é particularmente favorável ao conjunto da obra de Jaime Silva e a distribuição das peças permite ao visitante o correto visionamento dos desenvolvimentos internos de uma reflexão continuada, ora convulsiva, ora de distinta formulação, permitindo ao espetador estabelecer-se como pólo fundamental dessa pesquisa, de contornos tão pessoalizados quanto abrangentes da condição que todos partilhamos – a de viajantes. A viagem não é inócua, nem se presta a adormecimentos, pelo contrário é difícil e exigente, apresentando o autor o cruzamento de ideias, encontros e desencontros e de muitas amizades, num trabalho metódico e organizado através do meio pictural, da escrita singela e da curadoria exigente.
A arte assim entendida, é a pele que nos reveste, se nos cola, nos desafia, nos organiza, se não nos destruir – aqui e agora junto ao mar eterno, que fulgurante, entra pela janela aberta do coração descompassado desta exposição. A literalidade não existe!
Viacrucis estará patente nas galerias Amadeo de Souza-Cardoso, do Museu Municipal de Espinho, até ao dia 2 março.
Jaime Silva (n. 1947) é artista, pintor, natural do Peso da Régua, definindo-se geograficamente entre a sua origem duriense e a sua formação académica na Escola Superior de Belas Artes do Porto (atual FBAUP), passando por Guimarães e Paris e a afirmação de um percurso profissional em Lisboa. Expôs pela primeira vez em 1975 numa exposição coletiva e foi um dos fundadores em 1976 do Grupo Puzzle (1975-1981), uma verdadeira “contracorrente” no contexto da produção artística e cultural que marcou o país no pós 25 de Abril de 1974. Albuquerque Mendes, Armando Azevedo, Carlos Carreiro, Dario Alves, Graça Morais, João Dixo, Pedro Rocha, Fernando Pinto Coelho e Gerardo Burmester foram outros elementos que integraram o Grupo Puzzle. Jaime Silva realizou inúmeras exposições coletivas e individuais, em dezenas de países e em vários continentes, obras que integram as mais prestigiadas coleções de arte contemporânea nacionais, públicas e privadas. O seu trabalho criativo foi reconhecido com vários prémios, menções e reconhecimentos, numa atividade que se expande para a escrita, docência, curadoria e gestão cultural. É reconhecido o seu meritório trabalho na Sociedade Nacional de Belas-Artes, em Lisboa.
fotos Diogo Proença

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