A tradição de celebrar o cinema de animação de autor mundial repete-se na segunda semana de novembro desde 1976.
A 49.ª edição do Cinanima – Festival Internacional de Cinema de Animação de Espinho vai decorrer de 7 a 16 de novembro, com 110 filmes em competição, 16 dos quais numa categoria nova para obras envolvendo “linguagens híbridas”.
Segundo os organizadores do evento que é promovido pela Cooperativa Nascente e decorre em diferentes salas da referida cidade do distrito de Aveiro e Área Metropolitana do Porto, a nova rubrica chama-se “All Aboard / Todos a bordo” e tem como objetivo divulgar “a riqueza criativa e a diversidade formal da animação contemporânea, valorizando linguagens híbridas de intersecção visual e a promoção de uma visão plural e dinâmica”.
Durante os dez dias da celebração, vão ser exibidas mais de 430 obras de 50 países diferentes. A programação está disponível no ‘site’ oficial: www.cinanima.pt
Este ano, o Cinanima recebeu 2.231 submissões de filmes de 148 países e foram selecionados 110 de 25 para as competições oficiais, com a organização a destacar que as escolhas do júri terão como resultado “uma edição focada na vitalidade e diversidade da animação mundial, e também na contínua aposta do festival na descoberta de novos talentos e na valorização de obras nacionais de excelência”.
Nesse contexto, a competição internacional de curtas-metragens terá 30 filmes em disputa, entre os quais diversas coproduções internacionais e três produções portuguesas: “Cão Sozinho” de Marta Reis Andrade, “Porque Hoje é Sábado”, de Alice Eça Guimarães, e “Sequencial”, de Bruno Caetano.
A competição de longas, por sua vez, irá distinguir a melhor entre as cinco obras selecionadas, produções e coproduções internacionais do Brasil com Peru (“Nimuendajú”, de Tania Anaya), China, Espanha, Hungria e França com Alemanha.
Já a competição nacional irá atribuir o Prémio António Gaio à melhor das oito obras selecionadas para essa categoria. Em análise estarão as três obras portuguesas já referidas por integrarem o concurso de curtas-metragens e ainda “Maleza”, de Carina Pierro Corso, “Pietra”, de Cynthia Levitan, “Saudade, talvez…”, de José-Manuel Xavier, “SweetSpot”, de Jorge Ribeiro e Paulo Patrício, e “The Hunt”, de Diogo Costa.
Ao Cinanima de 2025 concorrem também 23 filmes realizados por estudantes – da Europa e de “países como Chile, China ou Singapura, confirmando a importância do festival enquanto plataforma de projeção de novos realizadores no cenário internacional” – e igualmente 28 obras de jovens cineastas – repartias por uma rubrica própria para realizadores menores de 18 anos e por outra exclusiva para diretores dos 18 aos 30 anos.
A organização do Cinanima realça que essas secções competitivas reservadas para cineastas mais jovens são particularmente interessantes porque, na história do festival, vêm constituindo “terreno fértil para o surgimento de novos criadores que utilizam a animação como ferramenta de expressão artística”.



