Com acesso gratuito e aberto a todos os que queiram estar presentes, o evento pretende valorizar a arquitetura, as artes, os ofícios e as memórias coletivas, trazendo-os a diferentes espaços de história, de culto, de lazer, de reflexão, de criação e de contemplação através da música e de um conjunto igualmente diversificado de atividades de descoberta.
A edição de 2025 reúne um cartaz eclético, com nomes de referência da música feita em Portugal como Rita Vian, General D, Malva, Três Tristes Tigres e Bruno Pernadas, entre outros artistas e propostas musicais que estabelecem diálogos com o território e com outras geografias e lugares, reais ou imaginados.
Além de concertos, o “Sons no Património” convida o público e os artistas a participar em várias atividades complementares nos locais, como visitas guiadas, oficinas criativas, encenações históricas, percursos culturais, provas e degustações, entre outros. Estas iniciativas, sempre com ligação direta aos espaços onde serão realizados os espetáculos, permitem redescobrir o património e a comunidade de cada município, criando uma experiência cultural mais completa e envolvente.
“A Área Metropolitana do Porto tem no “Sons no Património” um exemplo claro da forma como podemos valorizar a cultura como pilar de identidade e de coesão territorial. Este evento é também um contributo para a afirmação da AMP enquanto território criativo, aberto e participativo, onde a cultura é um fator de cidadania e de desenvolvimento sustentável”, sublinha Jorge Vultos Sequeira, Presidente do Conselho Metropolitano do Porto. “Este evento nasceu da vontade de aproximar música e património, criando experiências artísticas e afetivas. Num registo intimista e próximo das comunidades, cada concerto convida à redescoberta das expressões culturais do território, tornando cada instante único e inesquecível, e mostrando que o património não é apenas herança, é também futuro”, acrescenta.
Mais do que um evento sobre música, o “Sons no Património” é um projeto que democratiza o acesso à cultura, transformando o património em palco e convidando à participação coletiva numa experiência artística e social que celebra a identidade comum e a riqueza da diversidade cultural de uma Área Metropolitana do Porto aberta a todos, tal como preconiza a Carta Metropolitana para a Cultura 2023-2028.
O programa completo está disponível na página do evento na iPorto, bem como nas páginas oficiais MATER 17 no Facebook e Instagram.
PROGRAMA PARA DIA 13 DE SETEMBRO EM ESPINHO
VISITA CASTRO DE OVIL | 13 SETEMBRO | 15:00
Situada no Lugar do Monte, na freguesia de Paramos, concelho de Espinho, a Estação Arqueológica do Castro de Ovil é um povoado da Idade do Ferro com origem no final do Séc. IV ou início do Séc. III a.C. O povoado desenvolve-se em núcleos habitacionais compostos por várias estruturas de pedra xistosa, com casas de planta circular, por vezes dotadas de vestíbulo ladeando a entrada. O estudo das ânforas permitiu documentar o abandono do povoado durante o processo de romanização da região, ocorrido no início do Séc. I depois de Cristo.
Em 1836, foi construída a Fábrica de Papel Castelo, que fazia o aproveitamento hidráulico da Ribeira de Riomaior. Para além das ruínas da antiga fábrica, podemos visualizar o espande de secagem, uma casa rural e um moinho de rodízio.
CONCERTO | 13 SETEMBRO | 16:30
O concerto no Castro de Ovil com o Cachupa Psicadélica que traz uma sonoridade única que mistura música cabo-verdiana, groove e influências modernas, criando um espetáculo vibrante e dançante.
Nascido e criado na ilha de São Vicente (Cabo Verde), Lula’s foi criança nos anos 80 e apaixonou-se pelo rock de Seattle na adolescência, num Mindelo de roqueiros latinos. De repente, deu por si a estudar nas Caldas da Rainha e, alguns projetos musicais depois, encontrou-se na encruzilhada da sua Cachupa Psicadélica, saída das entranhas de Cabo Verde, nação cultural, levando-o a ser nomeado na categoria Artista Musical do Ano nos prémios “Somos Cabo Verde – Melhores do Ano”. Até à data, conta com dois discos editados: “Último Caboverdiano Triste” (2015) e “Pomba Pardal” (2019).  

Castro de Ovil




