A Biblioteca Municipal José Marmelo e Silva acolheu, no passado sábado, 13 de setembro, a apresentação do livro “Minha Mãe, assim era ela”, de Maria Manuela Aguiar, uma iniciativa promovida pela Associação Mulher Migrante.
A sessão contou com sala cheia e teve como oradoras a autora, acompanhada por Ivone Ferreira e Graça Guedes, além da presença da Presidente da Câmara Municipal de Espinho, Maria Manuel Cruz.
A obra integra a coleção “Mulheres entre Mundos” e constitui uma homenagem a Maria Antónia Barbosa Aguiar, mãe da autora. Mais do que um registo biográfico, o livro apresenta-se como um testemunho vivo da história de uma família tradicional portuguesa, ao mesmo tempo que reflete a ligação da diáspora luso-brasileira e a força de uma mulher que atravessou quase um século de vida com coragem, modernidade e resiliência.
Nascida em 1920, em São Cosme (Gondomar), após o regresso dos seus pais do Brasil, Maria Antónia destacou-se desde cedo como pianista promissora e amante do desporto. A vida traçou-lhe outro destino: casou em 1941 com João Fernandes Dias Moreira e foi mãe de duas filhas, Maria Manuela e Maria Madalena. Mulher de convicções firmes e conversadora nata, marcou quatro gerações da sua família com a sua energia e visão do mundo.
A publicação agora apresentada resulta não só da memória afetiva de Maria Manuela Aguiar, mas também de um olhar mais vasto sobre as mulheres portuguesas, integrando-se num projeto que a Associação Mulher Migrante vem dinamizando com o intuito de preservar e valorizar histórias de vida femininas.
O momento foi ainda assinalado com partilhas sobre a importância de preservar estas memórias como legado cultural e identitário, reforçando a ligação entre passado, presente e futuro.












